Vídeo-aula de Slap Bass com Eduardo Santana

Dando início as videos-aula de contra-baixo aqui no Bom Tom.  Nesse vídeo, temos uma rápida aula de slap bass com Eduardo Santana. Para quem se interessa por essa técnica percussiva, ouça artistas como Marcus Miller, Alain Caron, Stanley Clark, Flea, Larry Graham, que são nomes famosos por utilizarem muito bem esse estilo.

Para quem não conhece, Eduardo Santana é baixista das bandas Trajeto 2 e Ruído Paralelo (ambas de Dourados-MS) assim como professor da escola de música Oficina das Cordas.

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Ler, ver, ouvir: curtindo a música brasileira

11 capítulos. 750 páginas. 300 discos. 4,5 mil músicas. Acredito que isso seja o suficiente para atiçar a sua curiosidade a respeito do livro Curtindo Música Brasileira – Um guia para entender e ouvir o melhor de nossa arte, do jornalista Alexandre Petillo, parcerias com os também jornalistas Zé Dassilva, Eduardo Palandi e o designer Erick Miranda. Ótimo para quem quer conhecer em minúcia discos que fizeram a diferença de 2013 para trás e de todos nossos gêneros musicais.

Curtindo Música Brasileira segue a linha do famoso listão-em-forma-de-livro 1001 discos para ouvir antes de morrer, que nos indica quais o discos internacionalmente mais importantes com resenhas de cada um. Além disso, há o diferencial de conter um breve histórico de cada gênero ao início de cada capítulo; uma lista de músicas “essenciais” e dicas do que ler (livros) ou ver (documentário/show) ao final do capítulo; e listas de músicas e cds de artistas e conhecedores de música como Fagner, Rolando Boldrin, Washington Olivetto, Lô Borges, Casuarina, etc.

No meu caso, confesso que ainda não consegui passar o primeiro capítulo sobre o samba que abre com o disco Cartola II do gênio boêmio Cartola. Sem contar que por muito tempo ignorei a nossa música brasileira, por dar preferência aos pop e rock norte-americano, e agora me delicio com essas dicas que me permitem ser mais musicalmente brasileiro. curtindo[4] E o mais interessante disso tudo é que comecei a me interessar por música brasileira após começar a estudar piano e entrar em contato direto com jazz norte-americano e percebe-lo sendo uma mescla de vários estilos musicais com pitadas próprias de cada nação. Ou seja, cheguei a conclusão de que precisava conhecer melhor o que me rodeia para depois, se for o caso, aplicar ao meu conhecimento musical.

Enfim. Como disse acima, estou me deliciando com as dicas de Alexandre Petillo e sua trupe. Gostaria que acontecesse o mesmo com quem lesse esse livro. Ainda mais por termos acesso a esse acervo tão facilmente hoje em dia na internet. Divirta-se!

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Simão Gandhy e o seu country Cueio Manco

(Punto Áureo Fotografia)

Simão Ganhdy (por Punto Áureo Fotografia)

O incansável Simão Gandhy (guitarrista e professor de guitarra, inclusive aqui do Bom Tom) colocou o chapéu de cowboy em sua guitarra stratocaster e gravou uma música instrumental que parece vir diretamente lá de Nashville (Tennessee-EUA). Trata-se de do country-western “Cueio manco” que depois de um tempo engavetado, ganhou vida por esses dias. Aproveitei para conversar um pouco com Simão sobre a ideia por trás e intenções da gração.

Como surgiu a ideia?

Eu tenho esse country pronto há uns dois anos mas estava “engavetado”. Decidi tentar novamente e mostrei pra alguns música de Dourados pra finalizar já que a ideia não estava fluindo apenas comigo. Então, fui uma tarde à Campo Grande ao Estúdio 45 e com o Gabriel Basso (baixo) e Sandro Moreno (bateria), e resolvemos o som.

Foi tudo gravado num take só?

Sim e não. Porém fiz dois takes com duas guitarras diferentes (PRS e Fender Stratocaster) apenas para escolher o melhor timbre e ficou a gravação da primeira. De qualquer maneira, o que se ouve é o som do que foi tocado. Fizemos uma mix relâmpago na hora por que queríamos deixar as coisas o mais natural possível. Tem algumas falhas mas é mais humano, mais verdadeiro pegar o primeiro take.

Quais o seu set-up utilizado?

Guitarra stratocaster Fender SRV e amplificador Fender Bassman.

É apenas uma gravação ou será feito mais alguma coisa com isso?

Uma gravação avulsa e não tem relação com nenhum álbum ou trabalho que tenha continuidade.  Na tentativa de chamar atenção dos sertanejos e também por que o único cara que toca sertanejo e tem influência de country aqui na região acho que é o Almir Sater.

Dedilhado elementar de piano 2

piano2

Finalmente, depois de quase um ano de espera, 10 mil visualizações e agendas que não batiam, cá está a segunda aula de dedilhado elementar para piano com André Matos Moreira.

Nesse vídeo, André continua sua aula de dedilhado que visa ajudar a independência dos dedos e mãos para, com isso, melhorar o desempenho das passagens e velocidade de notas e acordes. Uma aula simples mas que tem resultados interessantes para quem a aplica corretamente.

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Guitarra Funk – fundamentos

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Nesta vídeo-aula, Simao Gandhy fala sobre a guitarra funk, estilo que é muito dito como “som da Motown”, em referência a antiga gravadora norte-americana, famosa pelo seleto time de artistas de funk, r&b, soul. Tem como nome forte nesse gênero, dentre tantos, o guitarrista norte-americano Ross Bolton. No vídeo, Simão ensina desde os princípios básicos de montagem de um groove até ideias de timbres relacionados ao estilo.

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Dagata (Dagata & Os Aluízios) e as impressões sobre a gravação do clipe “Faça o favor”

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No final de semana passado, os amigos da banda Dagata & Os Aluízios deu continuidade ao processo de produção de seu novo trabalho “Tererephonia“. Do começo do ano até o momento foram gravação de CD e vídeo dos bastidores, sessão de fotos e a etapa dessa veza foi a gravação do clipe da música de trabalho “Faça o favor”.

Mesmo estando presente no dia, também como convidado para figuração, só consegui chegar ao final da gravação pois voltava de Campo Grande, já que no dia anterior teve o Molho Cultural. Queria ter feito entrevistas com os envolvidos, não consegui e tão pouco conseguiria dar minhas impressões desse movimento tão bacana pois, como dito, já era o final da gravação. De qualquer maneira, pedi gentilmente ao amigo Dagata (vocalista) que escrevesse um texto sobre suas impressões desse momento único para a banda.

O clipe ainda não tem data para ir ao ar. Assim que tivermos novidades, publicaremos no Bom Tom.

Veja o relato:

A ideia do videoclipe veio do Antônio Porto, produtor do Tereréfonia. Pra ele, a música “Faça o favor” deveria ser a música de trabalho. Desde o início, ficou encantado com os vocalizes e com a própria estrutura melódica da canção. Composta por mim e pelo Paulo Portuga, é fato a música ser um pop rock nacional aos modos das décadas de 1980 e 1990. Isso chamou a atenção do Antônio, e nós compramos a ideia. Finalizadas as gravações, partimos para a execução do videoclipe.

Já havia um roteiro pronto, elaborada pela Lara Layali, minha ex companheira, inspiradora da música. A Tatiana Varela – esposa do Fabrício Borges, os dois da Punto Áureo fotografia e audiovisual -, readaptou o roteiro e desenhou em quadrinhos a estorinha. Com o roteiro refeito, partimos para as gravações. Conseguimos o espaço da cobertura do edifício Adelina Rigotti pra fazer a cena com a banda e com alguns figurantes, todos nossos amigos.
Meu filho Yuri Gabriel e a estudante de artes cênicas Fernanda Mirela foram os protagonistas do clipe. Foram gravadas cenas de um casal brigando e namorando, em locações diferentes, como na minha casa, na pedreira, no meio da rua. Também há cenas da banda caminhando, e tocando na cobertura do edifício Adelina Rigotti.

As impressões foram as melhores possíveis. Finalizamos as gravações na segunda com uma cena minha de rua. Todos os amigos participaram, isso foi muito bacana, sinal que tem gente torcendo pelo projeto. Agora é esperar ficar pronto e difundir o máximo que der, fazer chegar no ouvido das pessoas.

Dagata

Lembrando apenas que Dagata já passou pelo Bom Tom para falar a respeito desse mesmo trabalho. Na época conversamos sobre o que estava por vir e suas próprias expectativas e cantou as inéditas “Serpenteava o trem” e “Ponta Porã a Amsterdã”. Confira os vídeos abaixo.

 

Baixe a nova música do 5 a Seco.

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Os meninos do grupo paulistano 5 a Seco liberaram para baixar gratuitamente, através do site Natura Musical, a nova música “Geografia sentimental”, esta que integrará o próximo disco “Policromo”, que sairá logo em breve.

Segundo eles próprios, “Geografia sentimental é “uma canção em plano sequência, um passeio pela cidade imaginária de nossos afetos”, define o coletivo de compositores. A música foi composta por Leo Bianchini e Vinicius Calderoni, que gravaram violão e as vozes (Bianchini assumiu a bateria também), ao lado de Pedro Altério (baixo) e Tó Brandileone (guitarras e percussão), além do coro formado pelos cinco integrantes.”

Para quem ainda não conhece 5 a Seco,  é um coletivo de compositores multifuncionais e que cada um dos integrantes tem a sua carreira solo formado por Leo Bianchini, Pedro Altério, Pedro Viáfora, Tó Brandileone e Vinicius Calderon. Uniram-se para compor o trabalho em grupo, que resultou no cd/DVD “Ao vivo no Ibirapuera” (2012), e para também dar maior visibilidade para o trabalho individual de cada integrante.

Baixe a música acessando o link http://bit.ly/1knt1wl

Uma dica para quem ainda não se ligou: tem uma música deles na trilha sonora na novela “Em família”. Veja abaixo o vídeo “Pra você dar nome”:

 

 

Conversando Ricardo Merjan do Molho Cultural

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Na noite de sexta-feira, 06 de junho, aconteceu no 21 Music Bar, em Campo Grande – MS, mais um edição do evento Molho Cultural. Evento esse que está se consolidando como um ótima opção para quem quer ouvir boa música autoral e independente tanto do próprio Estado quanto de fora. Não à toa, já passaram por lá Dombraz, Sarravulho, Jennifer Magnética, Curumim, Perez, Black Drawing Chalks. Neste último, a casa ficou cheia para conferir e entoar as músicas de Jerry & Pétalas de Pixe, Dani Black e Chá Noise.

Apesar de ainda desconhecidos para o grande público, talvez um pouco menos no caso de Dani Black, por já estar galgando um pequeno espaço na mídia maior,foi interessante e impressionante notar como a maioria presente sabia acompanhar com ritmo e letra a apresentação de cada artista.

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Dani Black (centro) acompanhado de Fi Maróstica (esquerda) e participação de Jr Matos (direita).

Pois bem. Como eu já iria como público apreciador, aproveitei para entrar em contato com os organizadores e conseguir uma brecha para produzir fotos e conteúdo para o Bom Tom. Com ajuda dos amigos Nanda Ebling e Jerry Espíndola; ela, por fazer a ponte com os organizadores; e ele, por me passar alguns detalhes de como funcionaria os bastidores; consegui contato e papear com Ricardo Merjan, um dos organizadores/idealizadores,  para conhecer melhor os pormenores do Molho Cultural.

O que é e quando surgiu o Molho Cultural? Qual a missão?

O Molho Cultural é um projeto que visa propagar cultura (a princípio, musical) à cidade de Campo Grande. A ideia é incentivar a produção de música autoral e a consolidação da cena independente, com a principal forma de trabalho trazer bandas de certo renome de fora do estado, divulgando e trabalhando dentro ou entre esses eventos, grupos musicais regionais. Com isso é viabilizada a troca de cultura entre outros estados, entre grupos musicais de estilos diferentes, como já trouxemos a banda Black Drawing Chalks (de Goiânia) que se encaixa no “Stoner Rock” (tocaram em festivais no Reino Unido, EUA, Canadá e Colômbia) e também os campograndenses da banda Dombraz, que tem por sua vez um forte apelo ao samba de raiz.

O projeto é encabeçado por Ricardo Merjan, Marcel Ribeiro e Rafael Porto, ambos anteriormente ao projeto já conectados com a cena cultural de alguma forma, se juntaram para trazer de volta o molho de cultura que Campo Grande tinha mais forte a alguns anos atrás. O projeto está com quase um ano (12 eventos em 11 meses) e aposta na união dos grupos musicais e produtores, sempre apostando na produção autoral local e fomentando a criação de um núcleo conciso de integração e difusão de cultura em nossa cidade.

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Adrian Okumoto, Xaras Gabriel e Anédio Izumi do Chá Noise

Qual a forma de patrocínio/financiamento que tens para esse movimento?

Tivemos alguns eventos em que apoiadores de cultura entraram com uma cota de patrocínio em troca de exibição de suas marcas, mas infelizmente é raro. A música autoral que ainda não atingiu a mídia, carrega sempre o desinteresse e preconceito pelas massas. Não é aquilo que as pessoas já estão acostumadas, escutam na rádio ou veem um clipe na TV. Isso atinge financeiramente de forma direta os eventos onde são propagados tais artistas.

Houve alguma mudança de público conforme foram acontecendo os eventos do Molho? Mais exigentes com as atrações?

Sim, os molhos mais “rock’n’roll” não tomaram tanta projeção quanto os molhos de ritmos brasileiros. Antes do Molho ser criado, entramos em contato com várias bandas e produtores locais para saber a viabilidade e aceitação do projeto por conta dos músicos, esses que em sua maioria tinham o Rock como base musical. A proposta sempre foi mesclar tudo que fosse produção local, como o próprio nome diz, fazer um Molho com tudo dentro, sem preceitos. O que se viu foi somente uma preferência, um nicho do público que abraçou mais a causa.

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Fabrízia Souza, Jerry Espíndola e Michelle Meza do Jerry & Pétalas de Pixe

Como funciona a escolha de bandas para cada evento: por agenda simplesmente, mesclar estilos ou ambos?

Por agenda, basicamente.

Para você, que está diretamente inserido na produção de eventos culturais/musicais, tem sentido que a produção musical do MS tem crescido, diversificada ou ainda está estagnada?

Apesar de já ter sido melhor, ela está crescendo. A internet e sua facilidade de acesso e distribuição de material tem um papel crucial nisso tudo. É muito interessante quando a pessoa procura o material do artista na internet, aprende as letras e chega no primeiro show sabendo cantar algumas músicas já. Acho que cada vez mais pessoas estão despertando e se ligando que existe muita música boa sendo escrita, produzida e gravada aqui em nossa cidade. Como nós atiçamos nossos leitores das redes sociais: “Saia da correnteza”. Eles se encantariam com a imersão de cultura que um evento de música autoral propõe.

Quando acontecerá o próximo Molho Cultural e quais artistas participarão?

A previsão para o próximo Molho é de logo após a Copa do Mundo mas ainda não sabemos quais artistas subirão ao palco desta próxima vez.

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Confira a galeria de fotos.

Ler, ver, ouvir

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Dave Grohl (Foo Fighters) tomou gostou pela direção de documentário, mesmo. Depois do ótimo Sound City (2013), filme que conta as histórias peculiares desse estúdio nos quais foram gravados trabalhos de Johnny Cash, Neil Young, Guns’n’Roses e também o estrondoso Nevermind do Nirvana, Grohl uniu-se a HBO para a docuserie Sonic Highways, série documental em que irá atravessar os Estados Unidos para gravar em oito estúdios ícones (Chicago, Austin, Nashville, Los Angeles, Seattle, Nova Orleans, Washington D.C. e Nova Iorque)., entrevistar músicas e contar sobre as raízes musicais dessas cidades.

Sem contar que a produção do novo álbum da Foo Fighters, disco sucessor de Wasting Light, está diretamente atrelada a esse documentário. Sendo que em cada estúdio por onde passou, foi gravado uma música para esse vindouro trabalho. Cada episódio terá duração de uma hora. Foi escrito por Dave Grohl e Mark Monroe, e foi produzido em conjunto por James A. Rota, John Ramsay e Therapy Studios. Estréia no segundo semestre de 2014.

fm
Se tem algo que pouco se vê por aí, é rádio que se volta para um conteúdo musical diverso sem parecer chato e inadequado. Felizmente a FM Cultura de Porto Alegre, da Fundação Cultural Piratini existe. Como mesmo está descrito no site da rádio “A programação de ambos os veículos prima pela valorização dos bens constitutivos da nacionalidade brasileira, peculiaridades regionais e do folclore do Estado. Além disso, propõe a livre manifestação de pensamento, de criação, de expressão e de informação, sob qualquer forma, não praticando censura de natureza político-ideológica ou artística.”.

O que muito chama atenção não é  só essa diversidade musical, mas também por dar importância, em vários programas, a todos os músicos envolvidos nos trabalhos tocados, dizendo o nome de cada um; dizendo o histórico/contexto em outros; entrevista-los. Coisa que dificilmente acontece em rádio comerciais.

Ouça a programação do vivo através os site http://www.fmcultura.com.br. Se você perder algum programa, não tem problema. A rádio disponibiliza os programas gravados do dia, na íntegra, no Mixcloud. O ruim é o fato de ser para ouvir apenas nesse site. Facilitaria a audição caso tivesse a opção para baixar o arquivo ou existisse uma assinatura como podcast,  e ouvir quando melhor conviesse ou não tivesse uma conexão de internet boa o suficiente para ouvir online.

livro
Como ouvir e entender música. A premissa desse livro é ensinar, ou pelo menos auxiliar, interessados, estudantes de música  e leigos a entender os componentes que formam uma música (ritmo, harmonia, melodia, timbre) e consequentemente ter uma melhor apreensão do que se está ouvindo.   E até mesmo para mostrar que composição musical não é um processo que “cai do céu” por envolver vários elementos além de uma boa ideia.

Outra coisa já sabida por alguns e ignorada por muitos,  não há maneira melhor de aprender a ouvir música que não seja ouvindo música, que nos oportunizemos a prestar mais atenção ao que está acontecendo na caixinha de som, mesmo que você não entenda teoricamente sua mecânica pois, afinal, é também sensório por envolver o emocional tanto de quem ouve quanto de quem faz música. É disso que também trata o livro.

Como mesmo está na descrição do livro “O que o autor pretende é conduzir a uma audição inteligente, na qual o ouvinte deixe de ser um elemento passivo para tornar-se alguém que estabelece um diálogo com a música. Não importa se você ouve Mozart ou Duke Ellington: as sugestões de Copland levarão a uma apreciação muito mais profunda desta arte tão presente e prazerosa.” A presente edição traz uma novidade em relação tanto ao original quanto à primeira edição brasileira: um CD com a gravação de cada exemplo, a fim de facilitar a compreensão do ouvinte pouco familiarizado com a linguagem das partituras – um diferencial que tornará esta obra ainda mais acessível a todos os públicos.

E a produção musical do seu Estado? Conhece?

Jerry Espíndola & Pétalas de Piche

Jerry Espíndola & Pétalas de Piche (por Gabi Dias)

Uma das coisas mais interessantes em lidar com Bom Tom, pelo menos pra mim, é o fato de desmistificar o fato de que Mato Grosso do Sul tem produção musical estagnada, sem relevância e qualidade, que apenas exporta música enlatada. Pura desatenção de todos nós e feliz daqueles que conhecem esse prolífico cenário diverso, seja por estarem inseridos no grupo certo seja por terem “esbarrado” com tais músicos/bandas em festas ou bares.

Para dizer a verdade, eu mesmo tinha esse pré-conceito e era simplesmente por puro desconhecimento e preguiça, afinal não nos falta meios para conhecer novos nomes da música brasileira. Então, a partir do momento em que me abri a isso, procurar e conhecer a música local, caiu por terra o meu descontentamento por achar que apenas grupos diminutos faziam trabalho autoral de qualidade e a maioria das bandas/músicas existiam para animar festas dos que saem simplesmente para beber e não necessariamente ouvir música.

Entretanto, engana-se quem acha que essa é uma situação destinada apenas aos Estados menos favorecidos econômico e (dito!) culturalmente. Como exemplo, cito quando estive na cidade de São Paulo fazendo um curso de Jornalismo Cultural e, em dado momento, descobri que a maioria dos presentes, assim como outros conhecidos da cidade, nunca tinham ouvido falar do trabalho de alguns grupos paulistas que para nós, aqui do MS, já tínhamos conhecimento pleno. Mesmo depois de um amigo me dizer que, apesar de ser uma cidade com maior número de eventos culturais, algumas coisas ainda ficam destinadas a grupos restritos, isso me intriga.

Voltando ao MS, e já que o assunto é sobre o que de bom aqui tem, não é preciso ir muito longe para encontrar bons nomes. Jennifer Magnética, Giani Torres, Dagata e os Aluízios, Leandro Perez, Dombraz, Sarravulho, Jerry Espíndola & Pétalas de Piche, Guilherme Rondon, Sampri, Geraldo Espíndola, Hermanos Irmãos Trio, Sofia Basso, Guilherme Cruz . Isso para dizer apenas alguns, mais necessariamente os primeiros que me passaram pela mente. Por enquanto, apenas por enquanto, acho que é o suficiente para desmistificar a cultura musical diversa sul mato-grossense. Se fizer o favor de pesquisar a respeito desses nomes citados, verá que não são de um gênero só. Temos por aqui samba, rock, mpb, jazz, folk. Infelizmente, ainda essa produção prolífica do MS é de conhecimento de poucos e faz com que muitos artistas ou desaninem ou desistam pois público restrito não gera locais o suficiente para escoarem e darem vida longa ao trabalho que produzem.

Isso tudo me leva a questionamentos para os quais, por hora, não tenho respostas (quem a tiver, por favor, me responda!). Será que estamos “escondendo” alguns nomes, que poderiam ser mais amplamente conhecidos, com medo de que percam qualidade?; será que realmente não existem meios o suficiente para dar vazão a tanta coisa boa? ou será que ainda temos a esperança que a mídia facilitada e massificada nos apresentar tais nomes tão logo? ou será que falta melhor utilizarmos os meios existente e super acessíveis?; será que não “endeusamos” em demasia os clássicos da MPB, a ponto de relegar o restante a subcategorias e descrente, mesmo tendo qualidade o suficiente?; será que realmente estamos interessados em conhecer nossa própria produção musical?

Dagata e os Aluízios (por Punto Aureo Estudio )

Dagata e os Aluízios (por Punto Aureo Estudio )